sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Rebaixamento: de protestantes a evangélicos

Quando chegaram as primeiras igrejas evangélicas ao Brasil, surgiu uma onda de perseguição, por parte do catolicismo romano.

Essa tendência perdurou por mais de um século. Existem muitas histórias de queima de Bíblias em praças públicas, esvaziamentos de cultos, proibições de se se abrir trabalhos evangelísticos em muitas cidades etc.

Enquanto isso, os seguidores dessas "heresias" (como chamavam) eram tachados de "protestantes", "bíblias", "capa-verde", dentre muitos outros nomes pejorativos.

Tudo isso, porque os irmãos daquela época pregavam contra o pecado e viviam uma vida de santidade, procurando ser diferentes do mundo corrompido pelo pecado.

Os anos e décadas foram passando, e surgiu o movimento pentecostal, com chegada da Assembléia de Deus em 1911, lá em Belém do Pará. A partir desta data, o número de protestantes teve um grande crescimento em nosso país.

Depois disso, vieram os neopentescostais, e, finalmente, o crescimento numérico. Conseqüentemente, a sociedade brasileira começou a mudar a visão a respeito desses grupos religiosos. Dimuíram as perseguições e, com o tempo, passaram a nos tratar de "evangélicos".

Diante disso, talvez até se diga que foi uma vitória para as igrejas evangélicas. Mas se fizermos uma análise mais acurada, perceberemos uma outra realidade. Com essa onda de crescimento e a melhor aceitação de nosso segmento na sociedade, veio uma nova tendência: o afastamento dos princípios bíblicos, por parte do segmento evangélico.

Hoje, o que se vê é uma verdadeira brincadeira de mau gosto, quando se trata do comportamento cristão. Estão desvirtuando tudo que Jesus ensinou como regra de fé e prática.

Tem igreja evangélica para todos os gostos. Tem gente com comportamentos excusos, mas que se dizem evangélicas. Tem até quem pose nua para revista masculina, mas que é evangélica e vai para a TV testemunhar de Jesus.

Surgiu até um "sindicato do pecado", para defender o direito de pecar, sem ser contrariado por ninguém. Quando um pregador que preza pelos princípios bíblicos, usa a Palavra para combater o pecado no meio dos evangélicos, esse "sindicato" entra em ação dizendo que ninguém tem o direito de julgar o servo alheio.

Essa turma que tanto enfeia o Cristianismo esqueceu de ler o que Paulo falou aos Coríntios em
1Co 6:3 - Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?

O Cristianismo de Jesus não é esse que vemos, em que homens usam cabelos compridos, tatuagens, e outras "arrumações" dessa ordem, numa afronta à Palavra de Deus. Muito menos, um cristianismo que não prega contra a sensualidade, a imoralida em geral e a corrução, em todas as áreas da vida.

Jesus disse, em sua Palavra que "nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7.21)

Deus não está interessado em mostrar quantidade ao Diabo. Quando o adversário compareceu diante de Deus, este apresentou o servo Jó. Será que não existiam outros que se diziam servos? Deus preza pela qualidade (santidade). Sem santidade, ninguém jamais verá a Deus (Heb 12:14 -
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor).

Tenho saudades do tempo que nos chamavam de protestantes. Naquela época, as pessoas viam nos crentes pessoas santas. Agora, quando vamos testificar de Jesus, temos que dedicar parte do tempo de mensagem dizendo que muitos, que se dizem evangélicos, não possuem o nome escrito no Livro da Vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

muito bom parabens pelo post


Abs!
Faculdade Teológica