segunda-feira, 6 de abril de 2009

A escola: espaço plural

Segundo as leis de nosso país, especificamente as que regem o sistema de ensino brasileiro, como por exemplo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases), o ambiente escolar deve ser plural, isto é, permitir a convivência harmônica entre pessoas portadoras de idéias divergentes.

Esse é um princípio indispensável em qualquer país democrático. A democracia tem como um dos lemas principais a liberdade de pensamento e expressão.

Mas infelizmente nos deparamos com fatos lamentáveis, quando se trata do ambiente escolar nesse país. Vou passar a elencar alguns elementos que confirmam minha afirmação.

Quando se trata do ensino de ciências, os currículos escolares não são tão plurais como vaticina a LDB.

Por exemplo, a explicação para o surgimento do universo e da vida. Geralmente se ensina ao aluno, desde a suma mais tenra idade, que o universo surgiu a partir do Big Beng. Os livros, na sua quase totalidade, não apresentam outras explicações para o fato, como por exemplo, o criacionismo. Para explicar o surgimento da vida, apresentam a teoria da evolução. E ponto final. Onde fica a pluralidade de idéias?

Para complicar mais ainda, só professores ateus e materialistas podem expressar suas opiniões a respeito de tais assuntos. Eles podem passar o tempo todo defendendo o ateísmo, sem que ninguém questione nada a esse respeito.

Quando um professor não ateu se pronuncia, vem logo a turma do abafa Deus dizendo que não pode falar de Deus na sala de aula. Não se pode utilizar-se da Bíblia, porque não é matéria de aula etc., etc., etc.

Que espaço plural é esse? Só quem pode ter voz é um grupo? E os outros grupos?

Não estou defendendo o fundamentalismo, muito pelo contrário. Defendo o pluralismo de idéias.

Mas a prática está dizendo que existe um fundamentalismo, baseado no materialismo e ateísmo. Ai daquele que não concordar com essas idéias. Logo será vigiado, controlado, cerceado.

Mas eu tenho uma explicação para tudo isso. Essa história de pluralismo (no papel) só surgiu depois que perceberam o crescimento dos evangélicos. Antes não se falava nisso. Está claro que a intenção dos teóricos da educação é calar a voz dos evangélicos, para emperrar o crescimento desse segmento.

Isso se explica facilmente. Só os evangélicos se preocupam em combater o ateísmo. Veja que as outras religiões têm trânsito livre em toda parte.

Quando a gente participa daqueles cursos de aperfeiçoamento de professores, os próprios palestrantes vêm com umas práticas orientais incorporadas pelo movimento Nova Era. Mandam tirar os sapatos para receber energia do cosmo etc., etc., etc.

Sem falar nos dias que não têm aula, por essa ou aquela festividade religiosa. Eles justificam que é cultura. Mas quando se trata de festas evangélicas, não é cultura? Parece que não.

De sorte que eu eutou para lá de convencido que essa história de pluralidade é mera estratégia arquitetada para deter o avanço dos evangélicos em nosso país.

Fonte: www.oficiodoprofessor.blogspot.com

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