quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pastores brasileiros aceitam a proposta de Labão

Labão era o sogro de Jacó (filho de Isaque). Aquele jovem pastor de ovelhas era sobrinho daquele que veio a ser seu sogro e teve que trabalhar 7 anos para comprar a filha caçula daquele. Mas para falta de sorte do jovem pastor, o tio enganador lhe deu outra filha no lugar da amada Raquel. Quando o coitado descobriu que havia sido enganado, recebeu o consolo de que ele poderia ter a mulher amada, desde que trabalhasse mais sete anos por ela. E ele? Topou!

Terminados os 14 anos de trabalho, o bondoso sogro ofereceu um salário para que o sofrido pastor continuasse a lhe servir, por meio de sorte (ele ficaria com as crias que nascessem com uma determinada cor). Como Labão via que as crias tendiam a nascer na cor do rebanho de Jacó, o velho matreiro pôs-se a fazer um rodízio nas cores das crias que pertenceriam ao genro. Mas a Bíblia diz que Jacó, sempre levava vantagem, embora Jacó sempre ficasse com as ovelhas de uma determinada cor.

Essa história serve de ilustração para o que está acontecendo com muitos pastores das igrejas evangélicas brasileiras. Segundo eles, foram chamados para apascentar todas as ovelhas do Senhor. Mas em períodos de eleições, esses mesmos pastores se põem a escolher candidatos para oferecerem apoios políticos. Dessa maneira defendem as cores partidárias dos candidatos escolhidos, esquecendo as ovelhas de outras cores e, o pior, dificultando a aproximação de pessoas de posições políticas diferentes das escolhas desses líderes evangélicos.

Que evangelho é esse que estamos a pregar? Será que Cristo não veio para salvar a todos? Porque será que esses pastores estão entrando por esse caminho tão estranho?

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