domingo, 31 de maio de 2009

O CLAMOR PROFÉTICO PELA INTEGRIDADE E UNIDADE DA IGREJA

“Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que os ministros pregam hoje, Ele nunca teria sido crucificado”. Leonard Ravenhill, pregador avivalista

“Irmãos, se não levarmos uma vida reta diante de Deus, será uma falsidade clamarmos por um avivamento, dia e noite, meses e meses seguidos. Temos que perguntar a nós mesmos: meu coração está puro? Minhas mãos estão limpas?’’ – apelo feito durante o avivamento das Ilhas Hébridas

Em recente pesquisa de opinião com 1200 entrevistados realizada pela Fundação Getúlio Vargas, e apresentada pelo conselheiro Joaquim Falcão, do Conselho Nacional de Justiça, verificou-se o grau de credibilidade que determinadas instituições em nosso país possuem diante da sociedade. Permita-me discorrer sobre o assunto de maneira coerente e transparente. Pois bem, vamos aos números, que, aliás, dizem que não mentem. Se forem fidedignos ou não, desejo não entrar no mérito da questão.

Com 82% de aceitação encontram-se as Forças Armadas e a Escola, seguidas da Polícia Federal e a Igreja Católica, com 72% e 65%, respectivamente. Confesso que fiquei assustado com o grau de credibilidade atribuído a Igreja Evangélica: 51% apenas. De fato, o chamado “mundo evangélico” passa por terríveis crises na ética e na moral, isto é, no conjunto de normas de conduta de uma vida cristã coerente com a Bíblia, que é o que se espera de todo crente. É bem verdade que a imprensa de um modo geral inclina-se a perseguir a Igreja, porém, infelizmente, temos dado munição para que isso aconteça em nosso país. Pense nisso.

É possível que atualmente tenhamos o maior índice de pessoas freqüentando templos evangélicos (e católicos também), com o mais baixo índice de espiritualidade de todos os tempos. Parece que lamentavelmente as igrejas estão lotadas de pessoas vazias. Isso mesmo! Algumas igrejas locais neopentecostais, pentecostais e históricas conseguem em seus cultos regulares reunir multidões de pessoas em torno de um Evangelho pobre da sã doutrina e rico na teologia da prosperidade. Fico cada vez mais preocupado com a qualidade de vida espiritual nas comunidades cristãs que se reúnem em mais de 150.000 templos evangélicos espalhados pelo país. O “Brasil Evangélico” tem crescido. Porém, creio que não precisamos de muitos “evangélicos”, mas certamente de mais cristãos autênticos.

Durante os últimos 30 anos, a Igreja Evangélica tem crescido pelo menos 2 vezes mais rapidamente do que a população.Os evangélicos cresceram 2,5 vezes mais rapidamente do que a população do Brasil na década de 80 e mais que 4 vezes acima da taxa de crescimento populacional na década de 90. No cômputo geral, os evangélicos cresceram de 6% para 10,6% de 1991 para 2000 e o grupo de pessoas que se diz "sem religião" saltou de 4,7% para 7,4% no mesmo período.

Lamentavelmente, os escândalos também são cada vez mais freqüentes no segmento evangélico. Nas palavras do autor Ronald Sider "o comportamento escandaloso tem destruído rapidamente o Cristianismo; e mais, os cristãos afirmam com os lábios, que Jesus é Senhor, mas com certos atos, demonstram lealdade ao dinheiro, ao sexo e a seus interesses pessoais’’.Elben César diz em seu artigo sobre o escândalo de Ted Haggard(Ultimato,jan/07) que embora o que chama mais atenção do público e da mídia sejam os escândalos sexuais, o orgulho é o pecado mais grave e é ele que abre as portas para qualquer outro escândalo.

De fato o segmento evangélico no Brasil passa por algumas turbulências. Não temos representatividade definida junto à sociedade. No dias atuais a unidade da Igreja Evangélica também deveria ser vista nas denominações, que se proliferam assustadoramente, tendo como causa principal as porfias, rixas, contendas e busca pelo poder, e não as diversidades litúrgicas ou doutrinárias. Jorge Himitian afirmou que “O Espírito Santo não tem interesse em edificar estruturas denominacionais, mas a Igreja, o Corpo de Cristo”. Infelizmente, o diabo tem aproveitado essa desunião e falta de unidade, que é visível entre o povo de Deus. E certamente as diferenças denominacionais acabam constituindo um grande empecilho para evangelização.

Por isso, minha oração é que o Senhor desperte o Seu povo nesses dias em nosso amado Brasil, a fim de que clamemos por uma restauração da integridade e unidade entre os cristãos nascidos de novo, pois só assim veremos um avivamento genuíno em nosso país, que nem o diabo e todos os seus demônios poderão nos deter. Aleluia!

“Em Deus faremos proezas...”

No amor de Cristo, Pr. M. Price

Artigo publicados em vários jornais cristãos

Fonte: http://www.mprice.com.br/artigos.php